O Espólio da Escola de Música do Conservatório Nacional
O Conservatório Nacional deve a sua denominação à implantação da República, mas a sua origem vem de 1835 com a criação do Conservatório de Música, em Lisboa, instalado na Casa Pia.
Em 1836 foram instituídos a Inspeção-Geral de Teatros e Espetáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, tendo este último incorporado o Conservatório de Música, e seccionado em duas escolas: a Escola de Música e a Escola de Teatro e Declamação. A direção das duas escolas estava a cargo dos seus mentores iniciais: João Domingos Bomtempo e Almeida Garrett, respetivamente.
Na pequena seleção agora apresentada, temos imagens parietais bastante recentes, mas muito interessantes do ponto de vista do ensino/aprendizagem nesta área, que incluem desde o estudo da reflexão de uma onda vibratória, até ao esquema do ouvido humano.
No entanto, o espólio do Conservatório não se esgota na área museológica, sendo de destacar o seu arquivo, produzido entre 1836 e 1983, o qual se encontra, na sua totalidade, à guarda da Secretaria-Geral da Educação e Ciência.
O arquivo do Conservatório Nacional constitui um importante testemunho da história das instituições artísticas em Portugal, incluindo um leque variado de documentação: desde as atas das Conferências Gerais, Sessões Plenas ou do Conselho Escolar, censura às peças teatrais, passando por audições, concursos de professores, processos de alunos, correspondência recebida e até por apontamentos de História da Música Portuguesa.
