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4.ª Exposição

Balanças – Instrumentos de medida – Breve história

 

Nos primeiros tempos da nacionalidade portuguesa, as unidades de medida eram fixadas por carta de foral, não existindo preocupações de uniformidade de padrões, variáveis de região para região. A primeira lei de metrologia foi aprovada em 1253, com D. Afonso III. A “lei da almotaçaria” definiu as unidades legais, o controlo metrológico e a autoridade competente, o almotacé (do árabe al-muhtasib), para gerir e controlar a aplicação da lei. No entanto, os padrões locais continuavam a ser utilizados, criando conflitos comerciais. Com a consolidação do Estado, procedeu-se a primeira uniformização dos padrões nas Cortes de Elvas de 1361.

 

As Ordenações Manuelinas (1499) determinaram uniformização das unidades de medida para o peso e instrumentos de pesar, medidas para os vários ofícios, e a adoção da vara e do côvado de Lisboa, reforçando-se ainda as competências dos almotacés. D. Manuel mandou fundir em bronze conjuntos de pesos que se encaixavam uns nos outros, que foram distribuídos por todos os concelhos do país.

 

A reforma de D. Sebastião procedeu à uniformização das medidas de capacidade, distribuindo cópias dos padrões reais de medidas de capacidade de secos e de líquidos às principais localidades do reino. Sucedem-se, outras reformas que determinaram a evolução dos pesos e das medidas em Portugal até à adoção do sistema métrico, a partir de 1791, com a Revolução francesa. Este é baseado nos princípios da Universalidade (igual para todos os países) e da Simplicidade (baseado em unidades elementares como o metro, definido como a décima milionésima parte do quarto do meridiano terrestre, e o quilograma). Em 1859, é adotado em Portugal o sistema métrico, passando esta matéria a integrar os curricula do ensino. Em 1860 Fontes Pereira de Melo promulga o Regulamento Geral dos Liceus e estabelece a uniformização dos compêndios utilizados, passando a escola a ser o local privilegiado para a divulgação destas matérias.