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7.ª Exposição

Escolas Primárias em Portugal (anos 40-70) – Plano dos Centenários

 

O Plano dos Centenários constituiu um projeto de construção de escolas em larga escala, levado a cabo pelo Estado Novo em Portugal, entre 1941 e 1969. O Plano deve o seu nome ao terceiro centenário da Restauração da Independência e ao oitavo centenário da Independência de Portugal.

 

O Plano tinha como objetivo abranger a organização e a instalação, condigna, de todos os estabelecimentos de ensino primário, de modo a que nenhuma criança deixasse de ter uma escola ao seu alcance. A construção foi levada a cabo pela Delegação para as Obras de Construção de Escolas Primárias, criada junto da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

 

O previsto no Plano compreendia cerca de 11 458 salas de aula a que correspondiam 6 809 edifícios, a construir em várias fases. Com a experiência, a Delegação englobou na sua orgânica as áreas de arquitetura, engenharia e fiscalização de obras, constituindo-se assim um serviço técnico-administrativo, com implantação regional, cuja atividade abrangia todo o Continente, os Açores e a Madeira.

 

As escolas do Plano dos Centenários foram construídas com base em projetos-tipo regionalizados, aprovados pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais em 1935 e elaborados pelos arquitetos Raul Lino e Rogério de Azevedo. As escolas foram construídas em série, mas cada escola foi adaptada às características da arquitetura local, tendo em conta os materiais aplicados e as condições climatéricas. Para aplicação do Plano dos Centenários, os projetos de Raul Lino e de Rogério de Azevedo foram revistos pelos arquitetos Manuel Fernandes de Sá (região Norte), Joaquim Areal (região Centro), Eduardo Moreira dos Santos (Lisboa), Alberto Braga de Sousa (região Sul), Luís de Melo (Açores) e Fernando Peres (Madeira).