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8.ª Exposição

Manuais Escolares da SGEC até ao 25 de Abril de 1974

 

Os manuais escolares revelam a cultura escolar e o ensino, bem como a sua evolução. Sendo fundamentais para a história da educação em Portugal, a presente exposição inclui manuais escolares pertencentes à coleção da SGEC, num período que vai até ao final do Estado Novo.

 

O mais antigo manual português de que temos conhecimento data de 1722, da autoria de Manuel de Andrade de Figueiredo (n.1670, m.1735), a Nova Escola para aprender a ler, escrever, e contar. Esta obra vai suprir uma lacuna importante na difusão da caligrafia, da ortografia e da aritmética.

 

Com a Primeira República o manual escolar torna-se o centro da alfabetização. É o caso do livro de leitura O nosso Portugal: lições de cousas, artes e civismo da autoria de Fernando Palyart Pinto Ferreira (n.1880, m.1946), professor da Casa Pia de Lisboa. O Estado Novo conseguiu influenciar a vida dos portugueses, incidindo sobre o controlo de manuais escolares, dando enfoque ao género e aos simbolismos patriotas.

 

Os manuais escolares são um veículo potenciador de educação reconvertido em propaganda Estadista. Destaca-se o Livro de leitura: para a 4.ª classe do ensino primário, da autoria de Romeu Pimenta (n.1900, m.1961) e Domingos Evangelista (s.d.).

 

Nos finais da década de 60, as publicações dos manuais apresentam grandes mudanças, quer a nível de formato, quer a nível de conteúdos didáticos ou gráficos: há uma perda significativa da simbologia patriótica, ao invés, reaparecem fábulas popular e cenas da vida quotidiana: O Livro de leitura da segunda classe: ensino primário elementar de Judite Vieira (s.d.), professora do ensino primário, Manuel Ferreira Patrício (n.1938), Silva Graça (s.d.) professor e Secretário de Estado dos Desportos e Ação Social Escolar, 1975. As ilustrações são assinadas por Maria Keil (n.1914, m.2012) e Luís Filipe de Abreu (n.1935).