O trabalho de Lourdes Castro (Funchal, 1930) é bem conhecido em Portugal, tendo sido objeto de duas exposições retrospetivas, a primeira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em 1992, a segunda - partilhada com Manuel Zimbro, seu companheiro de vida e de trabalho - no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, em 2010. No ano passado, novamente na Fundação Calouste Gulbenkian, foi possível descobrir os muitos livros que a artista produziu desde a década de 1950. É chegada a altura de mergulhar no seu Álbum de Família, um conjunto de cadernos, atualmente em número de trinta e seis, que desde 1963 a artista tem vindo a preencher, sem comentários, com imagens e textos das mais diversas origens, tomando como leitmotiv aquele que tem sido o motivo de quase todo o seu trabalho desde aquela altura: a sombra. Nesta exposição o "Álbum de Família" vai ser desfolhado página a página.