No passado dia 30 de setembro, a Comissão Europeia adotou duas iniciativas que irão reforçar a capacidade de resposta à crise da COVID-19 por parte dos sistemas educação e da formação europeus, com o intuito de construir uma Europa mais verde e mais digital. 

A visão europeia que se transcreve agora em dois documentos orientadores, um sobre o Espaço Europeu da Educação e outro renovando o Plano de Ação de Educação Digital, irá propor um conjunto de novas iniciativas, marcada por um maior investimento e uma alargada cooperação entre os Estados-Membros até 2025 e 2027. 

Ambos servirão de mote para ajudar todos os europeus, de todas as idades, a beneficiar da oferta de educação e formação, protegida agora pelas lições aprendidas com a crise da COVID-19, baseada num ecossistema de educação digital de alto desempenho com competências digitais aprimoradas para a transformação digital.

 

O Espaço Europeu da Educação assenta em seis dimensões: qualidade da educação e da formação, inclusão e igualdade de género, transições verdes e digitais, professores, ensino superior, uma Europa mais forte no mundo. As iniciativas irão, entre outras coisas, procurar formas de melhorar a qualidade, nomeadamente no que diz respeito às competências básicas e digitais, para tornar a educação escolar mais inclusiva e sensível ao género e melhorar o sucesso escolar. 

Estes meios e marcos serão para ser concretizados até 2025, com o apoio do Plano de Recuperação da Europa (NextGenerationEU) e do Programa Erasmus +. Os esforços para estabelecer o Espaço Europeu da Educação funcionarão em sinergia com a Agenda Europeia de Competências, a política renovada de Ensino e Formação Profissional e o Espaço Europeu da Investigação.

 

O Plano de Ação para a Educação Digital, que estará em vigor até 2027, propõe um conjunto de iniciativas para uma educação digital de alta qualidade, inclusiva e acessível na Europa, pretende ainda tornar os sistemas de educação e formação verdadeiramente adequados à era digital. A crise da COVID-19 veio colocar o ensino e a aprendizagem a distância no centro das práticas educacionais, acelerando a necessidade premente de melhorar a educação digital, assumido como um objetivo estratégico-chave do processo. Esta fase de emergência imposta pelo surto da pandemia, levou a que se fizesse rapidamente uma abordagem estratégica, a longo prazo, para a educação e formação digital.

 

Cabe agora a cada Estado-Membro, e também a Portugal, dar continuidade à confiança e à compreensão mútua alcançada com os anteriores quadros estratégicos de formação e educação (ET 2010 e ET 2020), no sentido de estabelecer uma visão comum de futuro da educação associada à transição digital e verde da Europa.

 

Para mais informações, poderão ser consultadas as páginas disponíveis para o efeito: